Adriane Galisteu visita ‘A Casa da Mulher’, que apoia pacientes com câncer
O espaço é um centro de prevenção e apoio a mulheres com câncer de mama, no bairro do Pacaembu em São Paulo
Um verdadeiro mutirão da saúde e da beleza tomou conta do espaço A Casa da Mulher, centro de prevenção e apoio a mulheres com câncer de mama, no bairro do Pacaembu, na capital paulista, presidido pela incansável psicóloga e jornalista Valéria Baraccat Gyy (53). “Hoje é um dia especial. Montamos espaços para maquiagem, spa dos pés e mãos, tivemos aula de dança do ventre, tudo para alegrar as mulheres”, contou Valéria, fundadora do Instituto Arte de Viver Bem, que está em atividade desde 2009 e tem sua sede na Casa. Quem não escondeu a emoção com o que se passou ali foi a apresentadora Adriane Galisteu (41), que visitou o espaço pela primeira vez. “Já devia ter vindo antes, mas a vida é corrida. Mexer com a autoestima é algo que se aprende. Antes de qualquer coisa, a gente tem de se gostar com os defeitos, dar valor à vida, tentar driblar os problemas, porque isso todo mundo tem. A vida é um grande presente que a gente recebe de Deus”, pontuou Adriane, que conversou animadamente com várias pacientes da casa e acabou dando suas preciosas dicas de beleza.
Um dos destaques do dia foi o corte solidário, no qual várias pessoas doaram seus fios, que vão virar perucas. A administradora Leriane Gil (20) participou da ação. “Trabalho na área hospitalar. Então, convivo com muitos pacientes em tratamento com o câncer. Por isso, não tive dúvida e quis doar. Fiquei muito tranquila, sei que o cabelo vai crescer de novo, não me importei”, comentou ela, que recebeu os cuidados do maquiador e cabeleireiro Luciano Boy (43), parceiro do espaço. “Envolver-me nesse tipo de trabalho me emociona muito. Sempre que Valéria precisar, sabe que pode contar comigo. É um momento delicado e acho fundamental colaborar com tudo isso. É importante contribuir, ter essa troca de calor humano”, declarou o profissional. A Casa da Mulher foi inaugurada em junho de 2013, mas entrou em total funcionamento em outubro do ano passado. Com quase 1000 pessoas cadastradas, o espaço recebe até 80 mulheres por dia, que participam de diversas ações, todas acompanhadas por um profissional. “Todos os dias, oferecemos atividades como ginástica, fisioterapia, aulas de dança e atendimento emocional. Entre uma atividade e outra, elas conversam, fazem um lanche… Temos também o espaço de rendimento, onde aprendem a fazer caixinhas decorativas, tricô, colares… Tudo para que tenham uma fonte de renda”, explicou Valéria, que faz questão de lembrar que mesmo com tantos espaços a casa sobrevive de doações. “Não temos um som para as aulas de dança, por exemplo. O professor acaba tendo que usar o notebook dele”. “Considero o trabalho da Valéria importantíssimo. Todo mundo tem medo do câncer, ninguém está livre. Cuidar da autoestima é fundamental na recuperação. As mulheres aqui são e estão felizes, mesmo passando por momentos tão difíceis. Não existia uma casa assim só para mulheres. Está aqui a prova de que é possível com força de vontade”, ressaltou Adriane, ao lado da designer Fernanda Quilici (25), que ministrou as aulas de tricô de dedo.
Ajudar é palavra de ordem na vida da brava Valéria, que já passou duas vezes pelo diagnóstico do câncer de mama. “Não sou médica, mas sei que aqui já salvei muitas vidas. Ajudo correndo atrás de hospital, adianto os exames, marco consultas. Fora o resgate dessas mulheres, o fato de inseri-las na sociedade. Isso faço diariamente. Sei como tudo isso é difícil”, revelou ela, autora de valiosas cartilhas sobre o tema, ainda pouco explorado. “Deus está dentro de nós e se manifesta pelas nossas atitudes. O meu Deus se manifesta assim, fazendo o bem”, completou, convicta e emocionada.
Fonte: Revista Caras